“Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”

No livro de Apocalipse, Jesus dirige uma carta à igreja de Éfeso, elogiando suas obras, paciência e resistência. Contudo, há uma advertência crucial: a igreja havia abandonado seu primeiro amor. O “primeiro amor” se refere àquela paixão inicial, à devoção fervorosa e sincera que marca o início de nossa caminhada com Cristo. Com o tempo, é fácil deixar que essa chama se apague, substituída pelo peso das responsabilidades, pela rotina, ou até mesmo pelo zelo de fazer as coisas corretamente, mas sem a motivação correta.

Mas a beleza desta passagem está na esperança que ela oferece. Jesus não apenas aponta a falha; Ele oferece uma oportunidade de retorno, de restauração. Ele nos chama a lembrar de onde caímos, a refletir sobre o que nos afastou dessa paixão inicial. Ele nos convida ao arrependimento e a praticar novamente as primeiras obras – aquelas movidas pelo amor genuíno, pela alegria de servir e de estar em Sua presença.

Há esperança para todos nós. Jesus nos oferece a chance de reacender a chama do nosso primeiro amor, de voltarmos a experimentar a alegria e o fervor de nossa comunhão com Ele. E essa restauração traz consigo uma promessa de renovação, de um relacionamento mais profundo e significativo com Cristo. Quando buscamos a Ele de todo o coração, encontramos um amor que nunca esfria, uma alegria que renova nossas forças, e uma paz que ultrapassa todo entendimento.

Que hoje possamos refletir sobre o estado do nosso coração e, se necessário, voltar ao nosso primeiro amor, praticando as primeiras obras com a mesma paixão e entrega de antes. E que essa jornada de volta ao coração de Cristo nos traga renovada alegria, esperança, e a certeza de que estamos sempre sendo guiados pelo Seu amor incondicional.

Atenciosamente,
Pastor Mário Alves